quarta-feira, 16 de maio de 2007

Um anel de matéria negra

Não conseguimos ver o vento, mas sentimos que ele sopra
Myungkook James Jee

Crédito: NASA, ESA, and K. Borne (STScI)

Para explicar diversas observações que não cabem num modelo do universo feito unicamente com matéria do tipo que conseguimos observar directamente, muitos cientistas acreditam que existe outro tipo de matéria, a matéria negra, várias vezes mais abundante que a matéria visível ou conhecida.

Segundo esta teoria a matéria negra é um tipo de material que não emite, absorve ou reflecte qualquer tipo de luz, e por isso é muito difícil detectá-la. A única evidência para a sua existência é o efeito que exerce através da gravidade. No entanto as observações que suportam esta teoria não são abundantes. Cada observação é um acontecimento mediático, como aconteceu ontem com a divulgação de um anel de matéria negra.

Os astrónomos não conseguem ver a matéria negra, mas podem supor a sua existência em grupos de galáxias quando observam como a gravidade desses grupos curva a luz emitida ou reflectida por galáxias ainda mais distantes, um efeito chamado lente gravitacional.

A observação divulgada ontem foi teorizada como um choque entre dois grupos de galáxias, criando ondulações de matéria negra que alteraram a percepção de outras galáxias mais distantes — análogo à alteração que uma ondulação à superfície da água provoca na visão de pedras colocadas no fundo.

Esta simulação mostra duas vistas da interação entre os dois grupos de galáxias: à direita como vista da Terra, à esquerda como vista "de cima". Não se trata de um choque entre dois corpos compactos, as estrelas e planetas que formam os grupos de galáxias estão muito distantes uns dos outros e cruzaram-se no espaço:

Créditos: NASA, ESA, M.J. Jee (Johns Hopkins University), and A. Feild (STScI)

Muito mais por aqui.

Etiquetas:

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial