sábado, 29 de dezembro de 2007

O Navigator morreu, viva o Firefox!

Nos anos 90 do século passado aconteceu uma grande alteração na utilização dos computadores pessoais, que deixaram de ser máquinas isoladas ou confinadas à rede local.

Para começar houve uma grande aceleração na velocidade de comunicação: durante muitos anos os modems vegetaram entre os 300 e 2400 bps (bits por segundo, oh yeah, 37½ a 300 caracteres por segundo) e na primeira metade da década 90 os modems a preços razoáveis atingiram os 32.000 bps.

Depois houve o acesso público à rede internet. Até aí as comunicações estavam limitadas aos bulletin board systems [BBS], que eram basicamente bibliotecas de ficheiros cujo interesse esgotava após dois ou três meses. As ligações eram directas, apenas era possível ligar a um BBS de cada vez; e as mensalidades eram caras.

Em 1994[?] a Telepac começou a disponibilizar o acesso à internet, com pontos de acesso em Lisboa e Porto, outras cidades depois; até ao ponto de acesso pagava-se uma chamada normal, o que tornava a navegação cara durante o dia para quem não vivia nas grandes cidades. A Telepac enviava uma disquete com o instalador do protocolo TCP/IP e alguns programas (telnet, mail, ftp) e na papelada vinham as instruções para ir buscar o Navigator através de ftp.



O Navigator tinha naqueles tempos um nome e simbologia familiares aos portugueses, com a roda do leme cheia de estrelas. Durante alguns anos foi o browser mais utilizado, no entanto más decisões e a concorrência provocaram o seu quase desaparecimento. Arrastou-se durante alguns anos e vai morrer completamente no fim de Janeiro do próximo ano.

Pelo caminho o código do navegador foi libertado para "open source" e a maior parte continua vivo no Firefox.

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