sexta-feira, 18 de maio de 2007

Auto-regulação não é censura

Segundo um artigo publicado pela BBC, a OpenNet Initiative publicou os resultados de uma pesquisa (sem fonte) que aponta para uma crescente censura na rede (mais aqui). Registo com agrado a situação na Europa:

At the EU level there have been efforts over the past decade to create a common platform of "harmonized" Internet regulation. With regard to the filtering of online content, the emphasis has been on greater cooperation among industry, the public, and enforcement authorities within nations and increased voluntary industry self-regulation.

Quase todos os locais de comunicação na rede do tipo "um-para-muitos" (forums, blogs) têm algum tipo de regulação. Um dos meus preferidos é um sistema implementado em alguns forums onde os utilizadores ganham autoridade para regular depois de fazerem um determinado número de entradas, mostrando que estão empenhados naquele grupo de discussão. Outro exemplo de auto-regulação é a difusa "ética na rede", que também pode ser utilizada em comunicação "um-para-um" (e-mails).

A auto-regulação não deve ser confundida com censura. Quem considere que a sua posição está a ser incorrectamente suprimida tem a liberdade de procurar outro grupo ou criar um sítio pessoal: a liberdade de expressão não é um direito a "ser ouvido", é um direito a "poder falar".

A auto-regulação é uma arma eficaz contra a censura em sociedades onde existe liberdade de expressão porque diminui a possibilidade de puristas com poder se sentirem tentados a regular, começando com temas quase consensuais como a pornografia infantil. Este é um caminho com destino incerto. Prefiro uma filtragem clara oferecida pelos distribuidores de informação, continuamente sujeitos às preferências dos utilizadores, a uma filtragem imposta pelos governantes.

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